HISTÓRIAS E VERDADES

 

INCENSOS E DEFUMAÇÕES, ORIENTADAS PELO 
DIA DA SEMANA E PELOS ORIXÁS (não Orixás de Batuque/RS)

SEGUNDA 
Orixás: Esú, Omolú, Obaluayiê 
(arruda, sândalo, angélica, maçã-rosada, patchouly)

TERÇA: 
Orixás: Ogum, Oxumarê, Irôko
(verbena, jasmim, cravo-da-Índia, violeta)

QUARTA: 
Orixás: Xangô, Yansã, Obá 
(alecrim, rosa branca, mirra, patchouly)

QUINTA: 
Orixás: Oxóssi, Logunedé, Ossaim 
(canela, noz-moscada, orquídea azul, flor-do-campo)

SEXTA: 
Orixá: Orixá maior, Oxalá
(alfazema ou lavanda, rosas brancas, almíscar, arruda, alecrim)

SÁBADO:
Orixás da águas: Yemojá, Oxum 
(alecrim, benjoim, bálsamo rosa, angélica)

DOMINGO: 
Orixás: Nanã e as Almas
(aniz, anúbis, sândalo vermelho, rosa cor-de-rosa, 
cravo-da-Índia, noz-moscada)

 
 

A DEFUMAÇÃO EM AMBIENTES! 

Vou falar sobre as diversas formas de limpar ambientes das energias negativas ou atrair mais dinheiro para seu
negócio com incensos, defumações e defumadores de tablete.
Ambientes com alta circulação de pessoas, podem ser
defumados semanalmente. Os incensos podem ser usados 
pela manhã, para energizar e ao final do dia, para limpar 
estes locais. Incenso equilibra energias

DIFERENÇA ENTRE INCENSO E DEFUMAÇÃO
A diferença básica, é que a defumação trabalha mais profundamente para anular as larvas astrais e você pode 
fazer combinações específicas, que alguma entidade ou 
pai-de-santo receitou.
Os incensos e defumadores de tabletes, funcionam melhor 
para manter a limpeza mais profunda que a defumação já fez.

LIMPEZA DOS AMBIENTES!
Ambientes comercias, públicos: de maneira geral, os locais 
que tem grande circulação de pessoas, devem ser defumados 
com bastante frequência, para manter o equilíbrio e harmonia 
das forças que circulam diariamente.
Defumações de alho, combinadas com café, açúcar cristal, 
arruda, alecrim e guiné, são excelentes e podem ser 
aplicadas em casa ou em estabelecimentos comercias, para limpeza periódica.
Para estabelecimentos comerciais, essa defumação pode ser 
feita semanalmente e 2 vezes por mês, em residências.

ATRAIR BONS NEGÓCIOS E DINHEIRO!
Para atrair bons fluídos e mais dinheiro para seu negócio, faça defumações semanais com açucar cristal, café em pó e algumas gotas de essência de baunilha.
Para estabelecimentos comerciais, semanalmente e residencial, uma vez por mês.

COMO FAZER A DEFUMAÇÃO?
Para fazer uma defumação correta, só precisa de carvão em brasa, dentro de um turíbulo (incensório pequeno, 
geralmente feito de metal). 
Jogue as ervas secas dentro ou na parte de cima, dependendo 
do modelo de incensório e vá defumando toda a casa: 
se for para limpeza espiritual, defume sempre de dentro para 
fora, se for para atrair bons fluidos e dinheiro, defume 
de fora para dentro. Os resíduos da defumação podem ser 
jogados no rio, no lixo, em qualquer lugar bem longe da
casa, na encruzilhada, etc.

COMO USAR INCENSOS E DEFUMADOR EM TABLETE?
Defumador de tablete é boa opção para manter 
a casa em harmonia.
Depois de feita a defumação com ervas e carvão, é a vez 
dos tabletes de defumação e dos incensos. 
Para manter os ambientes em harmonia, até a próxima defumação.
Em casa, você pode utilizar um incenso de flor de laranjeira 
pela manhã e à noite, algo mais sensual como rosas vermelhas para criar um clima romântico. 
Os defumadores em tablete, são mais fortes e podem ser 
usados de 2 a 3 vezes por semana, dependendo da 
necessidade ou indicação do pai-de-santo ou entidade.
Os incensos e defumadores de tablete, devem ser colocados 
no ponto mais central da casa, de 3 a 5 varetas são suficientes dependendo do tamanho da casa, ou 1 a 2 tabletes de defumadores.
Os restos devem ser descartados da mesma maneira que as defumações, em água corrente, rios ou mesmo no lixo.

 
 
DEVEMOS UTILIZAR FÓSFORO OU ISQUEIRO? 

Em muitos Terreiros existe uma recomendação, para só se acenderem 
velas com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro 
ou em outra vela acesa. Isso acontece principalmente, em terreiros que 
fazem uso de pólvora, chamada de fundanga em trabalhos de descarrego. 
A pólvora contém enxofre, que também está presente nos palitos de fósforo, 
e ao entrar em combustão, a chama que se faz repentinamente, 
provoca uma reação psicológica muito eficiente. 
Além de alterar momentaneamente a atmosfera ao seu redor, devido a sua composição química em contato com o ar, a mente do médium capta essas vibrações, que funcionam como um comando mental, autorizando-a a 
aumentar seu próprio campo vibratório promovendo, desta forma, uma 
limpeza psíquica no ambiente. 
Portanto, nesse caso do uso do fósforo, a ação da pólvora é ativada pela 
mente do médium, sendo assim, não é só a pólvora que faz a limpeza, 
mas também a mente do médium, se ele conseguir ativá-la para esse fim.
 
 
 
JOELHOS AO CHÃO! 

Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros, 
é comum vermos, principalmente no início e término dos trabalhos espirituais, 
o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns veem esta postura 
como arcaica e sem sentido, porém, nunca se deram ao trabalho de 
analisarem detidamente esse comportamento. 
É de conhecimento geral, que as primeiras religiões do globo terrestre, 
já inseriam a genuflexão em seus rituais como exteriorização de respeito, 
junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter,
seja para com o Divino, seja para com o próximo. 
Da mesma forma, o ato de prostar-se, faz ver aos fiéis que assistem, uma manifestação de religiosidade a seriedade, o respeito e a 
simplicidade do sacerdote e dos médiuns, frente ao Plano Espiritual Superior. 
A implantação do ajoelhar-se, tem como finalidade mostrar a Deus, aos
Orixás e à Espiritualidade, todo o nosso carinho, obediência, 
respeito e amor, além do quanto somos pequeninos diante do Universo 
criado por Ele. Também serve para passar à assistência, que aquele espaço 
de caridade, tem a exata noção do papel que desempenha, 
como instrumento de trabalho dos bons espíritos. 
Infelizmente, é do conhecimento de todos que ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor 
às religiões africanas, existem outras tantas orgulhosas, 
vaidosas e “auto-suficientes”, que procuram a todo custo, imporem-se aos 
demais, maximizando suas qualidades e minimizando as virtudes alheias. 
Ostentam falsas conquistas, querendo submeter todos aos seus caprichos. 
Contudo nada mais doloroso e incomodo para essas pessoas, do que ficar em posição de subserviência e aparente inferioridade. 
Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime seu coração duro... 
Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que, 
tal rito é para o seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual, 
pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba. 
Alguns até podem dizer que, ao postar-se de joelhos, o médium pode ter 
em mente, pensamentos opostos àquela posição. 
Mas aí, manos, é que se inicia o processo de assepsia e lapidação 
dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos Orixás e espíritos de Luz 
que assim, dão luz à essas pessoas, 
reconduzindo-as ao seu verdadeiro Odu. Joelhos ao chão, sim!
 
 
 
 
 

MULHERES DE AXÉ, O MATRIARCADO NAS COMUNIDADES NAGÔ, DA BAHIA!

O advento do dia internacional das mulheres, impeliu-nos a redigir ainda que de forma lacônica, algumas linhas que busquem ilustrar o papel histórico, cultural e religioso das mulheres dentro das chamadas Comunidades do Candomblé. 
Em verdade, desde a fundação dos primeiros Terreiros da Bahia, a figura das mulheres – Mães de Santo permeia o imaginário não somente dos baianos, mas também de todos aqueles que presenciaram a notoriedade, prestígio e certa supremacia religiosa dessas senhoras que não limitaram suas influências aos Terreiros, fazendo por vezes, ecoar a sua voz em lugares pouco prováveis, como veremos a diante.
Com efeito, podemos afirmar que essas Mulheres de Axé, conseguiram constituir no Brasil, sobretudo na Bahia (Salvador e Recôncavo), uma espécie de “Feminismo Nàgó”, que a priori não existia na África, ao menos com a intensidade e importância com a qual foi edificada por aqui, obviamente excetuando as sociedades femininas, como a das Ìyàmì.
Esse movimento surgiu no período pré-abolição, em que as mulheres por meio de trabalhos culinários (venda de quitutes, acarajés, abarás, doces, etc...), conseguiam guardar dinheiro para a compra da sua alforria, bem como, a compra da alforria de outros negros, que posteriormente se agrupavam para a formação dos Terreiros de Candomblé. Em contrapartida, os homens ganhavam menos com os serviços braçais e possuíam dificuldade em juntar dinheiro, corroborado pelo fato de que, não obstante a renda feminina fosse maior, o homem não abria mão do sustento básico da família, numa busca pela manutenção da sua honra.
Não podemos olvidar ainda que, quando os negros foram escravizados, famílias inteiras foram separadas de forma proposital, de modo que, quando essas mulheres conseguiram suas alforrias e, posteriormente, ganhos financeiros por meio da venda de comidas, tecidos e joias, elas buscavam restituir em solo brasileiro, a sua estrutura familiar ora existente na África, entretanto, fazendo valer a sua supremacia. Essas mulheres à vanguarda de seu tempo eram conhecidas e reconhecidas como as Mulheres do Partido Alto, que gozavam de prestígio em decorrência da sua condição econômica. 

Nesse cenário destoante do ethos das comunidades africanas, as mulheres erigiam não somente templos religiosos, mas também um status que lhes conferiam hegemonia e poder. Nascia o matriarcado do Candomblé. Entretanto, a Religião dos Africanos não se enquadrava para os padrões preconceituosos e cerceadores daquela Bahia. Assim, essas Mulheres de Axé, ditas do Partido Alto penetraram no mundo do branco, por meio das confrarias religiosas como a Irmandade da Boa Morte e da Nossa Senhora da Barroquinha, aliando o status social ao já adquirido status financeiro e, fazendo valer o poder feminino no masculino clero católico.
Porém, a sagacidade das Mulheres de Axé, as direcionava a seguir aquilo que mais lhe convinha, mesmo que não fosse totalmente aprovado pelos padrões existentes, razão pela qual as mesmas preferirem não se casarem à luz da lei, mesmo tendo sido elas, muitas vezes as responsáveis pela alforria do companheiro. Não havia desse modo, o motivo em ser subserviente aos seus “maridos”, conforme apregoava o regimento cultural da época. Decisão essa que, uma vez mais, contribuía para a preeminência feminina.
Resguardadas, essas mulheres quando sacerdotisas restringiram a iniciação de homens em seus terreiros à figura do Ògán, salvaguardando-se dessa forma, de uma possível emersão masculina à busca do poder, quer seja social, quer seja religioso. Desse modo, as Mulheres de Axé, além de manter sua liderança espiritual intacta, impulsionava sua voz às comunidades externas por meio desses homens, que possuíam funções limitadas nos terreiros, mas que muitas vezes, tinham grande prestígio no âmbito social.
A Ìyálòrìsà Aninha, fundadora do Opo Afonjá foi uma dessas sacerdotisas, que reuniu em seu Terreiro inúmeros homens da chamada sociedade baiana, conferindo títulos honoríficos para artistas e intelectuais. Essa “abertura” pouco profunda religiosamente propiciava ao Candomblé (nesse caso Mãe Aninha) a abertura de portas, como por exemplo, para a articulação junto a Getúlio Vargas, então Presidente da República, para a promulgação do Decreto-Lei 1.202, que findava o embargo sobre o exercício do Candomblé no Brasil.
A probidade dessas mulheres, contribuiam para o valor de sua fala. Mãe Simplícia de Ògún, de conduta ilibada, Ìyálòrìsà da Casa de Òsùmàrè, também fez ecoar sua voz junto ao Presidente Getúlio, vez que na prática, o decreto-lei 1.202, não era exercido. Mãe Simplícia, com a sapiência singular de uma sacerdotisa, intercedeu pela segurança dos Terreiros ao então Presidente, havendo inclusive registro fotográfico desse encontro.
Todas as grandes Mulheres de Axé, de algum modo, utilizaram suas influencias, para algum tipo de benefício ao Candomblé. A célebre Mãe Menininha do Gantois, por exemplo, empregava esforços para o fim da necessidade de autorização para a realização de festas, emitida pela Delegacia de Jogos e Costumes.

Mãe Cotinha de Yewa, que foi a primeira mulher a ascender ao trono da Casa de Òsùmàrè, também exerceu um papel fundamental para a defesa da liberdade de culto. Luta essa, também mantida por Mãe Nilzete de Yemoja, que com perseverança defendeu as terras do Terreiro de Òsùmàrè, ameaçadas na década de 80, em decorrência da construção de uma passarela na Av. Vasco da Gama. Na ocasião, Mãe Nilzete utilizou suas influências para conseguir o apoio à sua causa, de pessoas como Gilberto Gil, Ordep Serra, Capinan, dentre outros.
É salutar destacar e isso é comprovado de forma factual, que a importância dessas Mulheres de Axé, deu-se pelo intrínseco conhecimento religioso de cada uma, mas igualmente, pela acuidade social e política que lhes permitiu transitar em todos os níveis, com equidade e, em muitas ocasiões, em patamar mais elevado. Exemplificamos com um exemplo atual, a Ìyálòrìsà do Asè Opo Afonjá, Mãe Stella, admirada e reconhecida, sendo inclusive consagrada com o título de Doutor Honoris Causa.
Nos dias de hoje, além das Ìyálòrìsàs, os Terreiros de Candomblé tradicionais da Bahia, outorgaram às suas filhas esse papel social e político que outrora era enveredado somente pela sacerdotisa. Assim, essas grandes representantes femininas das Comunidades Nàgó – As Mulheres de Axé, não são mais única e exclusivamente as Mães de Santo, sendo identificadas nas Egbon e Ekeji.
Prova contundente disso, são nomes como a saudosa Mãe Rosinha de Sàngó, Egbon Cidália de Iroko, Egbon Nice e Ekeji Sinha da Casa Branca. Ekeji Angelina, Egbon Tomázia e Egbon Sandra de Yemoja, da Casa de Òsùmàrè e, tantas outras que seguem o exemplo daquelas pioneiras e sábias Mulheres de Axé que, edificaram casas e enraizaram uma nova cultura no Brasil.

 


 

A COZINHA DE SANTO! 

A cozinha de santo nas Nações de Keto, Jêje, Angola, Nagô, Yorubá, Bantos, etc., inclusive no Omolocô, quando puxado 
para uma das outras Nações, é bem diferente das cozinhas profanas, onde se prepara o alimento do homem em geral.
Há uma série inteira de preceitos do ritual, 
que se há que obedecer. 
Os utensílios não são iguais aos da cozinha comum. 
Por essa razão traçaremos um plano de organização, 
colocando em seqüência as coisas que precisam ser observadas para que tenhamos ORDEM e gozemos das simpatias e estima constante, de todos os ORIXÁS para os quais preparamos os alimentos, as OBRIGAÇÕES. 
Via de regra, a Cozinha de Santo tem os seguintes petrechos, 
os seguintes utensílios:

MESA OU BANCA onde se colocam os fogareiros a carvão, 
se na casa não existe ou não tem FOGÃO DE LENHA
Como medida de precaução e até mesmo de maior higiene 
a mesa modesta, ou banca, deve ser forrada de folha de 
flandres (ou folha de alumínio) que evitará seja a madeira queimada pela quentura dos fogareiros e/ou pelas brasas, que escapam pela grelha; 
ela pode ser um pouco comprida para comportar, ao lado, um grande alguidar ou bacia, onde se procedem a lavagem dos utensílios, panelas e louça. 

Um FOGAREIRO (ou vários), 
conforme a necessidade, de ferro, para carvão vegetal. 
São facilmente encontrados em lojas de ferragens, 
principalmente nos bairros mais modestos. 

PANELAS DE BARRO
vidradas ou simples, ou então de ferro. 
Nós preferimos as de barro, como nos tempos passados. 

AS COLHERES são de pau, de variados tipos. 

RALOS para côco são de folha (de flandres) 

URUPEMA (peneira), 
é de taquara e a encontramos em casas especializadas, 
o COADOR deve ser de folha (de flandres).

MÁQUINA de moer carne. 
Atualmente já não se encontra PEDRA DE RALAR, DE MOER (mó) para triturar grãos e por esse motivo só pode ser resolvido com um moinho ou pilão (que já é difícil de encontrar). 
A escumadeira também é de folha (de flandres). 

O FOGAREIRO ou o FOGÃO DE LENHA 
não se abana para os dois lados, como na feitura de alimentos profanos; abana-se da Direita para a Esquerda, a princípio parece difícil, mas em pouco tempo acha-se o jeito. 

Constituída ou organizada a Cozinha, vejamos agora a pessoa ou pessoas que nela vão trabalhar. 

 

 

A PEMBA! 

A pemba é um objeto presente nos rituais africanos, 
mais antigos que se conhecem. 
É empregada em todos os rituais, cerimônias, festas, reuniões 
ou solenidades africanas. 
Os médiuns e as Entidades Espirituais que atuam no Centro de Umbanda, costumam desenhar pontos riscados com um giz de calcário, conhecido como pemba. 
Esse giz mineral, além de ser consagrado para ser utilizado nos pontos riscados, também pode ser transformado em pó e utilizado para outros fins de rituais de limpeza e proteção.
Quando uma Entidade se utiliza da pemba para riscar os pontos, ela está movimentando energias sutis que, dependendo dos sinais, pode atrair ou dissipar energias. 
Esses símbolos estão afins, à determinada "egrégoras", 
firmadas no astral, há muito tempo. 
A pemba, quando cruzada, ou seja, magnetizada por uma Entidade, se torna um grande fixador de energias. 
É utilizada para riscar pontos nas pessoas, mas principalmente riscar os pontos no chão. Cada ponto tem um significado 
que só a Entidade que risca, sabe. 
O ponto quando riscado, está criando um elo com o plano 
espiritual que emana energias, fluídos e vibrações 
diretamente no ponto. 
Na maioria dos casos, quando é riscado um ponto, a entidade 
põe alguém necessitado dentro dele, 
é quando a pessoa às vezes, sente sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. 
É possível também, um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas. 
A cor da pemba varia de acordo com as regras de cada centro e de acordo com cada Entidade. Normalmente ela é branca.
O termo pemba também é utilizado com relação à Lei Maior,
ou seja, os trabalhadores da Umbanda são Filhos de Pemba, 
ou seja, estão sobre a proteção da Lei Maior. 
Dependendo de sua conduta, cumprindo com suas tarefas 
no Bem, ele estará protegido ou caso não haja decentemente, 
lhe será cobrado, para que responda pelo mal que fez e volte a caminhar no Bem.
As entidades espirituais que atuam no movimento umbandista, 
se identificam por meio de sinais riscados, traçados geralmente com um giz de calcário, conhecido como pemba. 
Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística, também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.
E o termo pemba também é utilizado na Umbanda, no sentido 
de Lei, ou seja, conforme o linguajar de Umbanda, se você está 
sob a Lei de Pemba, você está sob a Lei maior e isso possui 
sérios agravantes principalmente se o médium se desvirtua de 
sua tarefa pois, nesses casos a cobrança é imediata. 
Então, estar sob a corrente de Umbanda, estar sob a Pemba, 
exige muita cautela mas, por outro lado, se o médium procurar cumprir suas tarefas e mantiver uma postura decente, essa mesma lei pode lhe ser favorável e muito útil, porque o mesmo terá o auxílio direto das entidades do astral, que lhe proporcionarão forças para trabalhar com dignidade. 
Voltando à questão da escrita, não é sem propósito que a Lei é chamada de pemba pois, essa escrita sagrada traduz sinais que estão afins a determinadas egrégoras, firmadas no astral a muito tempo. Assim, quando uma entidade de fato, traça um sinal de pemba, ela está movimentando energias sutis, que na 
dependência da variação desses sinais, pode atrair ou dissipar determinadas correntes de energia com muita eficácia. 
Esse assunto é muito complexo, para ser aberto em um livro 
mas, no decorrer dos trabalhos mediúnicos, o médium de fato e direto, segundo sua missão, merecimento e afinidades, pode receber determinados sinais diretamente das entidades 
espirituais que o assistem, no intuito de escudar esse médium contra o assédio do sub-mundo espiritual. 
E se vc quiser se aprofundar um pouco mais nesse tema, 
poderá consultar diversas obras, que tratam com mais 
profundidade sobre o assunto. 
No mais, lembro que esses sinais, são de uso exclusivo das entidades vinculadas à corrente astral de Umbanda e sua 
utilização inadequada por pessoas não habilitadas, podem gerar uma série de aborrecimentos bem como atrair determinadas energias e entidades de difícil controle que podem levar 
o indivíduo às raias da loucura. 
Portanto, é necessária muita cautela nesse tema e é por isso 
que na maioria dos terreiros, casas, agrupamentos ou templos de Umbanda, as entidades ensinam e utilizam outros sinais mais simples e simbólicos, apenas de efeito elucidativo, 
(por exemplo: corações, machados, espadas etc.), deixando os verdadeiros sinais de pemba, velados até que os filhos amadurecem e possam adentrar nesses campos com segurança. Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as 
entidades atuem da forma que elas acharem conveniente, porque com certeza elas nos conhecem melhor, do que nós próprios pensamos nos conhecer...

 

A ROUPA BRANCA DOS UMBANDISTAS! 

As roupas na Umbanda, são geralmente brancas, 
sempre muito limpas, já que este, é um dos motivos pelo 
qual se troca de roupa, para os trabalhos. 
Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo ou 
já vir vestido de casa, 
com as roupas brancas. O suor causa uma sensação de desconforto, o que traz uma má concentração e 
intranqüilidade do médium, sem contar, é claro, com a desagradável situação de uma pessoa, que vai tomar passes ou consultar-se e ficar sentindo o cheiro do suor do médium...
O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e funciona, aliado à outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. 
Serve também, para identificar os médiuns dentro de uma 
casa de trabalhos, muito grande. 
Alem disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo 
à calma e à tranqüilidade.
A Roupa Branca (Roupa de Santo), a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. 
As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. 
Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada, pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.
Em diversos terreiros., nas sessões de Umbanda os homens utilizam calça e jaleco, e as mulheres utilizam o balandrau/saias rodadas e blusas. 
Nas demais sessões, as mulheres podem usar também jaleco e calça. O pano-de-cabeça (torço), é feito a partir de um pano chamado ojá (a palavra significa “faixa de pano”), de tamanho variável. Existem vários formatos de torço, que podem ter significados diferentes. 
Por exemplo: o torço com duas pontas (orelhas) significa orixá feminino, enquanto o torço com uma ponta só, 
simboliza orixá masculino.
E há quem não tome isso, como uma regra. 
Serve tanto para proteger a coroa do médium, conta as energias mais pesadas, como também representa um sinal de respeito, dentro de um determinado ritual.

 

 

AMACI! 

Fundamentos de amacis e banhos de descarga
Amaci e o banho feito de várias ervas conforme a orientação 
do pai ou guia chefe dirigente de um terreiro. 
Tem por muitas finalidades limpar a aura (ori) do filho de santo, pessoas. de um modo geral as ervas são colhidas 
seguindo a sua intuição, ou seja para qual a finalidades e 
para que serve. E seguida de rituais para a colheita, 
respeitando a reza de Ossain e orixá responsável pelas ervas colhidas na matas, porém o filho de santo mais experiente 
pode fazer o seu banho com 7, 14, 21 ervas conhecidas 
(sempre é claro respeitando os fundamentos do seu terreiro).
Os amaci são usados para tomar banho de corpo inteiro 
inclusive o ori, pois todos passamos por encruza, ruas, e encontramos com pessoas com pensamentos mal 
intencionados, por isso é necessário tomar os amacis da 
cabeça aos pés.
O amaci serve também para limpar os ibás e fundamentos 
do terreiro, descarregar a casa após a sessão ou 
quando se sentir o ambiente carregado, basta para isso 
lavar a casa com o amaci sempre cantando para o orixá 
chefe do terreiro, ou do filho de santo para limpar a casa. 
O seu fundamento consistem em apanhar as ervas 
necessárias, lavá-las e macerar com a mão sempre 
com uma vela acessa pedindo para o orixá depositar seu axé, forças espirituais, etc, pois nesse momento sentirá a 
presença do mesmo para o complemento do seu amaci, 
sempre respeitando os procedimentos aprendidos, ou seja, 
pedir sempre auxilio aos orixás e entidades espirituais, para o descarrego, limpeza e força espiritual. 
Pode-se usar para banho, limpeza da casa do filho de santo 
ou terreiro, otás, ibás do orixá. 
Após o uso de seu banho sempre descarregar as ervas
usadas em plantas e águas correntes limpas. 
Para que leva o carrego, miasmas, ou larvas astral. 
Se necessário fizer uso da sobra, deixar secar no forno ou 
ao sol, para a sua secagem e fazer defumação, pois tudo se aproveita e nada é destruído, mas caso não use o melhor e descarregar em uma planta ou água corrente. 
Banhos de cachoeiras, água de chuva, bica e poço natural, geralmente são usados pelo filho do orixá que rege, 
podendo ser do ori aos pés, ou acrescentar nas ervas.
Coloca-se em amaci, após o preparo, mel e sal para o 
tempero no lugar do mel pode se colocar açúcar ou um acaçá, 
pois todos os orixás comem acaça, ou pode acrescentar 
água de canjica após o cozimento no banho. 
Não se enxuga o corpo e veste-se roupas claras de 
preferência no caso de uso pessoal no lar. 
Toma-se banho de preferência antes do inicio do 
trabalho e após o trabalho em seu lar, pois sempre 
estamos andando em encruzilhadas e ruas e lugares 
como bar, lojas etc.
Ao iniciar qualquer comida do santo e após despacho nas encruzilhadas se toma banho após o despacho. 
Cobre se com um pano branco o amaci e dependendo da quantidade no máximo dura 3 a 4 dias, após isso em alguns terreiros junta-se com o ebó, que é um outro banho 
com os axés do orixá, ou seja um banho muito mais forte 
e serve para descarregar qualquer pessoa muito carregada 
de egum. O seu preparo e feito com a mengá do 
animal e partes dele deixando com as ervas enterradas
em um pote no terreiro ou próximos a casa do orixá. 
Isso é um fundamento de umbanda, não tem nada haver 
com o candomblé. Isso é apenas um conhecimento meu, 
passado por fundamentos e não livros.
Pode-se também observar a fase da lua e tomar o seu 
banho, não necessariamente se faz uso de um banho 
somente de um orixá, há muitas ervas conhecidas 
para banho, que pode ser misturadas e fazer o amaci. 
Nunca vai ao gofo esse amaci, necessário se faz tomar o 
banho frio. Outros banhos de ervas podem ser cozidas e 
somente deverá ser tomado banho do pescoço para baixo, 
nunca no ori, pois ai existe um fundamento que não se deve colocar nada cozido em seu ori. Para cada caso existe uma afinidades de banho, banho de descarrego, banho de atração, banho de purificação, banho de defesa, etc, etc.
O melhor amaci e preparado com ervas frescas, somente é acrescentado pemba por ordem espiritual, nunca por si só. 
Existem outros tipos de banho, como pipocas, somente 
por ordem espiritual, ou pelo orixá, nunca fazer por 
fazer por se tratar da ordem do orixá Obaluaê. 
Banho de pinga somente por ordem espiritual do Exú, 
e nunca se usa na coroa (ori) da pessoa. 
Esse banho geralmente usa-se para descarrego de 
demanda ou associado ao bori ou fundamento do terreiro, 
somente para os que já tem fundamentos dentro do terreiro, nunca por um iniciante, pois há fundamentos ai para 
ser feitos, não pelo fato de ir na encruza
aberta e tomar esse banho.
Quando uma pessoa vai ser batizado na Umbanda ou fazer 
algum bori, nunca se usa bebida de qualquer espécie 
alcoólica no ori da pessoa é um erro isso, somente água e se necessário mengá, mas nunca bebida alcoólica, 
fato esse que pode levar uma pessoa ao vicio da bebida 
ou coisas piores, esse é um dos fundamentos de 
bebidas alcoólicas no ori. 
Pois o ori e a sua cabeça, onde o orixá e anjo da 
guarda se correspondem muita atenção ao seu ori.
Não se usa um amaci apenas “por usar”… 
é importante que se estabeleça um objetivo claro 
para o preparo. Vamos citar alguns desses objetivos, 
mas não são os únicos, pois pode haver uma 
infinidade de motivos e formas de se preparar um amaci:
Amaci de preparação para apresentação – muito comum na Umbanda da atualidade, esse amaci consiste em folhas, 
cascas, sementes, frutos, etc, maceradas 
(quinadas, amassadas, trituradas), preparadas, caso sejam 
pelo próprio dirigente, com antecedência e deixadas 
na frente do conga, em iluminação de velas nas cores 
do Orixá regente da vibração. 
É usado nos cultos e giras coletivas, onde todos serão apresentados, em sua mediunidade, 
à vibração daquele Orixá. Normalmente é colocado no 
ori o qual é protegido com um pano branco ou uma 
cobertura adequada.
Nota – percebo ainda hoje, mesmo sendo aben­çoados com 
tantas informações, muitos irmãos ques­tionam o uso 
dos amacis coletivos, encarando de forma que essa 
energia pode ser incompatível com a sua vibração original 
ou a vibração de seu Orixá de cabeça.
Muito bem, entendendo que tudo na criação é vida e 
vibração, cada elemento vibra de acordo com uma nota
(força) da criação, então cada erva tem seu (seus) Orixás, 
assim como as frutas flores, animais e tudo o mais. 
Sendo assim, teríamos que identificar o Orixá de cada 
ser vivente para que ele se alimentasse, vestisse, convivesse apenas com elementos compatíveis com sua vibração original.
Sabemos que isso é impossível, portanto não há 
nada de aberrante em se usar um amaci coletivo, 
na vibração específica de um Pai ou Mãe Orixá que 
não seja uma vibração direta de seu triângulo vibratório 
(Orixás Ancestral, Frente e Juntó).
Assim como não há nada de aberrante em usar algum 
elemento na cabeça, desde que você não esteja envolvido religiosamente em um contexto que não permita esse ato.
Amaci individual de iniciação – esse é o mais comum, 
preparado especificamente para o fim da iniciação 
individual, será determinado pelo guia chefe do próprio 
médium ou pelo dirigente (ou Guia Dirigente do terreiro). 
A forma com que será iluminado, cores, número de 
velas, etc, será também definido por eles.
Normalmente são feitos com antecedência do ato iniciatório e poderá ser usado por dias anteriores ao momento da iniciação.
Amacis específicos – assim como os individuais, podem ser determinados pelos guias como forma de atuar com 
muito mais intensidade do que um banho. 
Por exemplo, peguemos um caso de atuação negativa,
causando reações orgânicas que levam a geração de 
doenças físicas. Num exemplo como esse, podemos 
recomendar um amaci de limpeza, usado por um, três,
cinco ou até sete dias, todos os dias antes de dor­mir 
a pessoa colocará esse preparo no chacra coronário e eventualmente em algum outro chacra ou parte 
do corpo onde está localizada a ação negativa e o reflexo da doença, envolvendo com um tecido branco ou 
colorido de acordo com a necessidade.
Dentro de um terreiro, é muito positivo o preparo dos 
amacis por todos. 
Juntar os médiuns em reunião es­pe­cífica para isso, 
com um bom conjunto de ervas e líquidos 
(bebidas rituais, essências, etc.) Podemos usar ervas secas 
ou frescas para os amacis. 
Se for usar preparos prontos, use somente os de 
ervas escolhidas para aquela vi­bração e nunca os 
líquidos prontos, que prezam pela facilidade mas nunca pela competência vibratória.
Pegue as ervas, triture-as de preferência com as 
próprias mãos, já em uma bacia ou recipiente apropriado 
(se puder, use recipientes metálicos ou de vidro). 
Adicione água mineral, que pode ser usada para todos os preparos, de todos os Orixás e para todos os motivos. 
Triture um pouco mais com as mãos e adicione os líquidos necessários, e por último as pétalas de flores, 
se forem usadas.
Deixe repousar por algum tempo, que pode variar de 
acordo com a necessidade do preparo. 
É muito positivo iluminar esse amaci em um circulo com 
sete velas acesas, que seguem as cores do Orixá regente
Por experiência própria, posso recomendar que em todos os amacis, de qualquer Orixá, sempre esteja presente 
pelo menos uma erva de Pai Oxalá. 
Entendemos que esse amado Pai está presente em 
toda a criação e a atuação de suas ervas reflete um caráter “formador, condensador, magnetizador” mesmo.

 
 

AS GUIAS DE ORIXÁS (COLARES)! 

(não referente ao Batuque/RS)

As guias usadas pelos médiuns, para defesa ou para trabalhos,
são colares feitos de materiais facilmente imantáveis, condutores de 
correntes magnéticas, que neles ficam impregnados. 
Ajuda na invocação dos protetores, na concentração, na harmonia 
vibratória, captando e emitindo bons fluídos, formando estes um círculo 
de vibrações benéficas ao redor da pessoa que os usa.
Para tanto, as guias devem ser confeccionadas de matéria natural, não artificial. Pode ser de pedras comuns, semi-preciosas (quem puder), frutos, sementes, 
cipós, vidros, cristais, conchas, animais marítimos, etc., 
porém jamais de plástico, pois este não é substância imantável, mas produto químico inócuo. Cada linha, falange ou povo tem seu material natural,
apropriado que, principalmente são: 
OXALÁ: cristal branco, contas brancas, ouro. 
YEMOJÁ: conchas, búzios, plantas, prata e animais marítimos, cristal azul. 
OGUM: bolinhas ou pedaços de ferro e aço, cristal vermelho. 
OXÓSSI: pedaços de cipó, galhos, frutos duros,. sementes, etc., 
colhidos na mata, dentes de anta, cristal verde. 
XANGÔ: pedras e seixos de cor marrom de rios e pedreiras, cristal marrom. 
BAIANOS: coquinhos, frutos e semente de plantas nordestinas.
PRETOS-VELHOS: lágrimas ou contas de Nossa Senhora (contas de rosários). 
CRIANÇAS: bolinhas e coraçõezinhos de vidro, metal, sementes, etc., 
cristal nas cores branca, rosa e azul. 
ESÚ: sementes denominadas “olho de cabra” e metais. 
Quando o médium trabalhar com orixás protetores cruzados, isto é, 
com duas ou mais Linhas ou Povos, também cruzará (se quiser), 
as contas das guias, intercalando nas quantidades de 3, 7 ou 9. 
Na hipótese de serem feitas com outro material, nunca de plástico ou 
produtos químicos, vidro por exemplo, as cores são: 
OSALÁ: branca 
NANÃ BURUKU: roxa 
YEMOJÁ: azul clara 
ÒSÚN: azul escuro 
SÀNGÓ: marrom 
ÒGÚN: vermelha e azul escuro 
ERÊ: rosa, azul e branca 
IBEJIS: coloridas
OXÓSSI: verde e azul claro 
OYÁ: amarela e marrom-terra ou vermelha
OBALUAYIÊ E PRETOS-VELHOS: branco e preto
ESÚ: vermelho e preto
EXÚS: vermelho e preto (encruzilhada)
preta e verde (mata)
preto e lilás (cemitério)

 
 
   
AS VELAS! 

A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. 
Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e 
em quase todos os trabalhos de magia. 
Quando um umbandista acende uma vela, mal sabe que está abrindo para sua mente uma porta interdimensional, onde sua mente consciente nem 
sonha com a força de seus poderes mentais. 
A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. 
Os estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na 
verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um 
passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo,
tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas. 
A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, 
despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente. 
Uma das várias razões da influência mística da vela na psique das pessoas, 
é a sensação de que ela, através de sua chama, parece ter vida própria. 
Embora, na verdade, saibamos, através do ocultismo, que o fogo possui 
uma energia conhecida como espíritos do fogo ou salamandras. 
Muitos umbandistas, acendem velas para seus Guias de forma automática, 
num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. 
É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, 
pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo 
e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da 
queima dessa vela. 
Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. 
Sendo a chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança, a fé e o amor. 
No ritual da magia, o mago entra em contato com seu mundo inconsciente, depositário de suas forças mentais, onde irão ser utilizadas para que 
alcancem seus propósitos iniciais. 
Qualquer pessoa que acender uma vela, com fé, está nesse momento 
realizando um ritual mágico e, conseqüentemente, está sendo um mago. 
Se uma pessoa usa suas forças mentais com a ajuda da magia das velas, 
no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; 
mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno são 
sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu. 
Infeliz daquele que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com formatos de sapo, de diabo, de caveira, de caixão, etc., 
assumindo um terrível compromisso cármico com os senhores do destino. 
Todos os nossos pensamentos, palavras e atos estão sendo gravados 
em nosso inconciente e ninguém fica impune junto à justiça divina. 
Voltaremos ao planeta Terra, quantas encarnações forem precisas, 
para expiar nossas dívidas com o passado. 
Por outro lado, feliz daquele que lembra de acender uma vela com o 
coração cheio de amor para o anjo da guarda de seu inimigo, 
perdoando-o por sua insensatez, pois irá criar ao seu redor um campo 
vibratório de harmonia cósmica, elevando suas vibrações superiores. 
Ao acender velas para as almas, para o anjo da guarda, os pretos-velhos, 
caboclos, para a firmeza de pontos, Congá, para um santo de sua preferência 
ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que, 
a vela é muito mais para quem acende, do que para quem está sendo acesa, 
tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: 
"A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem a recebe."
A intenção de acender uma vela gera uma energia 
mental no cérebro da pessoa. Essa energia é que a entidade espiritual, 
irá captar em seu campo vibratório. 
Assim, a quantidade de velas não influirá no valor do trabalho; 
a influencia se fará diretamente na mente da pessoa que está 
acendendo as velas, no sentido de aumentar ou não o grau da intenção. 
Desta forma, é inútil acreditar que podemos comprar favores de uma 
entidade negociando com uma maior ou menor de velas acesas. 
Os espíritos captam em primeiro lugar as vibrações de nossos sentimentos, 
quer acendamos velas ou não. 
Daí ser melhor ouvir uma das máximas de Jesus que diz: 
“Antes de fazer sua oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.” 
Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, 
nas encruzilhadas, embaixo de uma árvore, ao lado de uma oferenda, 
apagá-la por brincadeira ou por outra razão. 
Devemos respeitar a fé das pessoas. 
Quem assim o cometer, deve ter em mente, que poderá acarretar 
sérios problemas com esta atitude, de ordem espiritual, 
precisamos respeitar o sentimento de religiosidade das pessoas, 
principalmente quando acender uma vela faz parte desse sentimento. 

VELAS QUEBRADAS OU USADAS 
Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande 
preocupação com o uso de velas virgens, ou que não estejam quebradas. 
A vela virgem esta isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente evitando assim um choque de energias, que geralmente anula 
o efeito do trabalho de magia. 
No caso da vela quebrada acredita-se que um trabalho 
perfeito precisa de instrumentos perfeitos. Se o trabalho obtiver sucesso, 
o detalhe da vela quebrada não será notado: mas, se falhar, será tido como principal fator de seu fracasso o fato de a vela estar quebrada. 

FÓSFORO OU ISQUEIRO 
Em muitos Terreiros, existe uma recomendação, para só se acenderem 
velas com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro 
ou em outra vela acesa. 
Normalmente, os Terreiros fazem uso de pólvora, chamada de fundanga, 
nos trabalhos de descarrego. 
O enxofre que a pólvora contém, também está presente nos palitos de fósforo. 
Ao entrar em combustão, a chama repentina, dentro de um ambiente místico, provoca uma reação psicológica muito eficiente, além de alterar 
momentaneamente a atmosfera ao seu redor, 
devido à sua composição química, em contato com o ar. 
A mente do médium capta essas vibrações, que funciona como um 
comando mental, autorizando-a a aumentar seu próprio campo vibratório, promovendo desta forma uma limpeza psíquica no ambiente. 
Não é a pólvora que faz a limpeza, mas a mente do médium, 
se ele conseguir ativá-la, para este fim. 

VELA DE SETE DIAS 
Na Umbanda, alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela 
de sete dias, tem a mesma eficiência de sete velas normais. 
Sabemos de acordo com a psicologia, que um comportamento pode 
ser modificado através do reforço. 
No fato de se acender uma vela isoladamente não há nenhum tipo de 
reforço que se baseia na repetição. 
Assim, ao acender uma vela durante sete dias, as pessoas são 
reforçadas diariamente em sua fé e, repetindo os pedidos, 
dentro desse ritual de magia, ficam realmente com maiores 
probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus propósitos. 

MEDITAÇÃO 
Para trabalhos de meditação o uso das velas é excelente pois, 
além da diminuição dos estímulos visuais na semi-escuridão, força a atenção 
para a chama da vela, aumentando a capacidade de concentração. 
O contraste do claro-escuro, contribui para lembrar as pessoas da 
necessidade de uma iluminação interior. 

CORES 
Na Umbanda, o uso da vela branca é o mais freqüente, devido à sua 
representação como símbolo da pureza. 
A cor branca na Umbanda é a cor de Oxalá. Daí a razão do uso de velas 
brancas na maioria dos rituais de magia, dentro da associação da pureza/Oxalá. 

LEMBRETES: 
Não recomendamos aos Umbandistas fazerem velas com restos de 
outras velas, seja qual for o motivo, pois as conseqüências são imprevisíveis. 
Com a magia não devemos nos arriscar; ou temos certeza, ou não a realizamos. 
Os restos de velas estão impregnados das energias mentais de quem as acendeu. Aproveitar esses restos é o mesmo que querer aproveitar os restos dessas energias; como não sabemos com qual intenção as velas foram acesas, 
haverá fatalmente um choque entre diversas energias. 

CONSELHOS ÚTEIS A RESPEITO DAS VELAS!
Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente, 
JAMAIS o faça soprando a vela;
velas de ritual só podem ser apagadas com abafador ou com os dedos, 
jamais sopre essas velas. 
A vela deve ser muito bem fixada, se não tiver uma base grande. 
Especialmente no caso das cilíndricas, é 
importante fixá-las, para que não caiam; 
assim, use a cêra dela mesma para fixar, mesmo que esteja em candelabro. Dependendo do tamanho, é interessante colocá-la dentro de um copo 
ou de um vidro refratário, COM UM POUQUINHO D’ÁGUA NO FUNDO, 
para que a parafina não grude: havendo água no fundo (só um pouco), 
o que sobrar da parafina sai inteiro, sem grudar, mas sem água você só vai conseguir limpar o copo com água fervendo, porque gruda mesmo. 
No comércio, há vidros especiais para velas de sete dias e outros tipos. 
Às vezes acontece (com qualquer tipo de vela) que, à medida em que ela vai 
se consumindo a parte já queimada do pavio vai se acumulando 
junto à chama, fazendo com que esta vá ficando muito forte e intensa, 
o que faz a vela queimar depressa demais e se esparramar, por isso é aconselhável, quando isso acontecer, cortar com uma tesoura essa 
parte preta do pavio já queimado. 
Por precaução, especialmente nas atividades que vão requerer várias velas simultaneamente, é recomendável que se disponha de meios 
para enfrentar alguma provável emergência. 
Assim, aconselha-se que sempre se possa dispor de água suficiente para 
alguma eventualidade, ou então uma maneira rápida de abafar. 
As velas de boa qualidade não podem ser tortas, terem rachaduras, 
bolhas e nem pavio muito fino, se possível as velas tem de vir dentro de 
caixas e não soltas como as de quilo; 
as velas de quilos elas ficam expostas ao vento e as mãos alheias, estão 
sempre machucadas, como são velas que não passam por um padrão 
de qualidade elas podem conter materias impróprio pra combustão, 
assim como pode ter bolhas internas invisíveis a olhos nu. 
Os materias empregados são em geral anilina ou giz-de-cêra,
o giz-de-cêra, dá a cor desejada, porém influi seriamente na combustão da parafina, quanto mais próximo da transparência, 
mais haverá pureza na parafina, portanto dêem preferência às velas com a intensidade de cor mais amena (digamos mais pálidas), 
as velas que tem cores fortes deve-se verificar o pavio. 
Velas que não acende prontamente - JOGUE FORA A VELA, 
ELA NÃO PRESTA, É UMA VELA VELHA QUE FICOU EXPOSTA 
MUITO TEMPO A SUJEIRAS. 

Procure sempre pensar na segurança em primeiro lugar, nunca deixe crianças manusear velas acesas ou fósforos, nunca coloque as velas sobre 
ou próximos de objetos comburentes como madeira, panos e botijões de gás, 
nunca acenda uma vela e saia de casa pois nunca sabemos se um acidente poderá ocorrer. 
Chegaremos em um momento na Umbanda que o homem deverá estar 
plenamente consciente de que sua força mental é a sua grande aliada e nunca 
a sua inimiga. Deverá libertar-se gradativamente dos valores exteriores 
criados por sua mente e valorizar-se mais. Seu grande desafio é superar a si mesmo. Em vez de acender uma vela, deverá acender sua chama interior 
e tornar-se um iluminado e, com o brilho dessa chama sagrada, 
mostrar o caminho aos seus irmãos. 

Fonte: Livro A Umbanda do III Milênio, Túlio Alves Ferreira, Editora Pensamento.

 

NOSSOS PÉS DESCALÇOS! 

O solo, chão representa a morada dos ancestrais e quando 
estamos descalços, tocando com os pés no chão, estamos tento 
um contato, com estes antepassados.
Nós costumamos tirar os calçados em respeito ao solo do terreiro, 
pois seria como se estivéssemos trazendo sujeira da rua, 
para dentro de nossas casas. É também uma forma de representar 
a humildade e simplicidade, do Rito Umbandista.
Além disso, nós atuamos como a pára-raios naturais, e ao recebermos 
qualquer energia mais forte, automaticamente ela se dissipa no solo. 
É uma forma de garantir a segurança do médium, para que não 
acumule e leve determinadas energias consigo.
Em alguns terreiros, é permitido usar calçados...mas calçados que 
são usados, APENAS dentro do terreiro.
Cabe ressaltar, que a origem desse costume, nos cultos de origem 
afro-brasileira, é outra; 
os "pés descalços" eram um símbolo da condição de escravo, de coisa; 
lembremos que o escravo, não era considerado um cidadão, 
ele estava na mesma categoria do gado bovino, por exemplo.
Quando liberto, a primeira medida do negro (quando fosse possível), 
era comprar sapatos, símbolo de sua liberdade e de certa forma, 
inclusão na sociedade formal. O significado da "conquista" dos sapatos 
era tão profundo, que muitas vezes, eles eram colocados em lugar 
de destaque na casa, para que todos vissem.
Ao chegar ao terreiro contudo, transformado magicamente em solo 
africano, os sapatos, símbolo para o negro de valores da sociedade 
branca, eram deixados do lado de fora.
Eles estavam (magicamente) em África e não mais no Brasil.
No solo africano (dos terreiros), eles retornavam (magicamente) 
à sua condição de Guerreiros, Sacerdotes, Príncipes, Caçadores, etc.

 

O BATER CABEÇA NO CONGÁ! 

O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo 
da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado praticamente, 
em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos, eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como 
(reconhecimento da) submissão do ser humano, diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. 
Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido, como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento (à Mãe Terra que, através de seus mistérios, nos dá tudo, que nos sustenta e nos mantem em pé).
Pode-se então dizer, que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá, como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.

O BATER CABEÇA! 

O ato de “bater cabeça” carrega em si vários significados.
Das mais antigas tradições dos reinos teocráticos de todo o mundo, 
a relação com o chefe de governo era sagrada. 
Não se podia olhar nos olhos de seu rei ou de sua rainha. 
Em sua presença os súditos ficavam prostrados ao chão.
Os africanos vindos como escravos para o Brasil viviam, 
em África, nesse mesmo tipo de sociedade. 
Reinos e cidades-estado teocráticos, mantinham relações totalmente 
sagradas com seus reis, rainhas, príncipes e princesas. 
E tais relações eram de comum acordo pois, por ser considerada sagrada, 
não necessitava de obrigatoriedade pela força. 
A própria relação com o Sagrado, predispunha os súditos, ao respeito às leis. Ninguém contestava, salvo excessões, a legitimidade da autoridade 
por uma questão cultural de reconhecimento ancestral e religioso,
daquele ou daquela sacerdote. 
Os Candomblés de Nação formados no Brasil, buscaram preservar 
muitas dessas tradições comuns aos reinos, pois não se separava 
sociedade, política e religião. 
Da mesma forma, não foi possível separar totalmente as tradições religiosas reproduzidas aqui das tradições sociais do cotidiano. 
Em outras palavras, quando se estruturou os Candomblés de Nação, 
em especial o Keto, uma dessas permanências, foi a relação com o sacerdote 
como um governante daquela mini-sociedade, 
no caso os terreiros e casas de Candomblé. Ou seja, a princípio o ato de 
“bater cabeça” é a reprodução de uma relação entre líder e súdito milenar 
e comum a muitos povos.
Além da tradição social, existe a relação com a terra. 
Nosso Ori, ou seja, nossa cabeça, nossa mente, tem como referência de 
Sagrado, a terra e não o céu. 
Da terra viemos e a ela voltaremos, como diria o cristão. 
Sempre quando se menciona o nome de alguma entidade importante, 
se volta a cabeça ao chão, à terra que é a origem e o fim de tudo que é 
vivo e orgânico. Louvamos a terra e não ao céu. 
O gesto de levar a mão ao chão e depois ao Ori, para então beijar a mão novamente, nada mais é do que a representação de bater cabeça.
A autoridade é outro fator importante. 
Quando você se presta a colocar-se de cabeça ao chão perante outra pessoa, 
no caso o Sacerdote (Babalorixá ou Yalorixá), você se declara, 
perante a sociedade, submisso àquela pessoa. 
Porém não é apenas uma submissão política e social. 
Mas sim, sagrada em que se entrega a própria vida, às próprias decisões 
àquela pessoa. Muito bem. Deveria ser assim. 
Mas para a maioria das pessoas, é um gesto convencional. 
Muitos praticam, mas não sabem seu significado. 
Prostram-se aos pés de pessoas que não respeitam, apenas para cumprir uma formalidade, sem saber da importância e do significado de tal gesto.
Assim como o bater cabeça, muitos outros gestos, símbolos e relações 
dentro das Matrizes Africanas, buscam preservar tradições,
que vão além do campo religioso. Isso porque religião, política, 
sociedade não se separava, nas sociedades africanas Yorubás e Bantus. 
Assim como não deveria se separar em nenhuma sociedade, 
pois é na ética e dos valores religiosos, que buscamos e inspiramos 
nossas atitudes sociais e políticas.

 

O BATISMO NA UMBANDA! 


É muito comum médiuns umbandistas serem batizados, 
sem nenhum tipo de consciência sobre o que significa esse sacramento. 
Pais e Mães espirituais, simplesmente batizam seus filhos sem ao menos perguntarem se é isso mesmo que eles desejam, sem ao menos 
prepararem ou explicarem o que significa esse ritual, assim como é comum 
vermos médiuns trabalhando há anos em seus terreiros com várias 
confirmações, mas sem terem sido batizados ou convertidos para a Umbanda, religião que comunga, ama e pela qual se dedica.
Nessas duas situações percebo a falta de atenção desses Pais e Mães 
espirituais que, talvez por falta de conhecimento ou por falta de tempo, 
deixam de lado esse importantíssimo e fundamental ritual para qualquer Ser, independente de religião. Aliás, o Batismo é o mais importante sacramento 
para qualquer religião, e isso é tão claro que percebemos com facilidade o 
quanto as religiões de forma geral incentivam, divulgam e trabalham em 
prol do batismo entre sua comunidade e seus fiéis, algumas inclusive 
chegam a exigir tal sacramento.
É fato que existe hoje em dia um movimento de valorização da Umbanda, 
mas será que as principais regras estão sendo cumpridas? Será que os fundamentos básicos e iniciais estão sendo preparados? 
Será que o Batismo ou a Conversão Religiosa, sacramentos fundamentais 
para todo Ser que dão “vida ao Espírito”, estão sendo realizados nos 
terreiros com total consciência, responsabilidade e beleza?
Assunto para se pensar, não acha?
Tem um ponto muito bonito em nossa Umbanda que diz,
“a Umbanda tem fundamento é preciso preparar…”, 
portanto é preciso trabalhar, estudar, organizar, 
estruturar e REALIZAR A UMBANDA. 
É preciso transmitir a Graça Divina, satisfazer as necessidades, nutrir de fé 
e de Sagrado, cada fase da vida, evitando assim, que os médiuns umbandistas procurem outras religiões, para realizarem determinados ritos e sacramentos.
É preciso realizar belíssimos batismos, emocionantes conversões, 
maravilhosos casamentos, grandiosos rituais de amaci, 
tudo com muito AXÉ, FUNDAMENTO e AMOR. 
É fazer com que esses sacramentos se tornem inesquecíveis a qualquer um, 
seja para os convidados, para o médium, para o Terreiro, para 
os Pais de Santo e claro, para toda espiritualidade que engrandece, 
vibra e agradece ao término de cada ritual.
E para que esse assunto não fique só na "boa vontade", coloco um pouco dos fundamentos básicos que envolvem o Ritual de Batismo em nossa Umbanda, esclarecendo que cada Terreiro acrescentará suas particularidades ao ritual, 
o que não tem nada de errado, mesmo porque isso acontece de 
acordo com a Linha e o Orixá, que comanda esse Terreiro.

BATISMO!
É um rito de passagem, feito principalmente com água sobre o iniciado, 
através da imersão, efusão (derramamento) ou aspersão (borrifo). 
Segundo o Dicionário Aurélio, o termo batismo vem do grego, 
baptismós, que significa mergulhar, em latim, baptismu. 
É um sacramento religioso onde através da imersão, da ablução (lavagem) ou simplesmente da aspersão (borrifo) de água, significa um renascer espiritual.
A origem deste sacramento é tão antiga quanto a humanidade. 
Cada povo, de uma forma ou de outra, sempre teve seu ritual iniciático. 
Na Igreja Católica, por exemplo, o Batismo liberta do pecado original e regenera 
o Ser tornando-o membro de Cristo. 
Portanto, após o Batismo aquele membro incorpora a Igreja e é feito participante dela.

O BATISMO NA UMBANDA!
É realizado para revestir o espírito e o mental do Ser com uma aura protetora semelhante a proteção divina que o espírito recebe ao reencarnar. 
É a "entrada" do espírito na dimensão religiosa da Umbanda, é quando o 
médium se torna Filho de Olorum e seguidor de Pai Oxalá, passando a fazer 
parte de seu "exército branco".
Ele é o primeiro e o mais importante Sacramento, pois é a porta de entrada 
para o recebimento das bênçãos divinas e dos demais sacramentos. 
Pelo batismo, a pessoa é incorporada à Umbanda, passando a ter os direitos e deveres próprios da religião. É um cerimonial litúrgico poético, santificado e participativo da vida divina onde preces, toques, cantos e atos litúrgicos 
específicos, compõem a linguagem expressiva e encantadora de nossa religião.
O ritual pode ser praticado dentro do próprio terreiro, como também na cachoeira, local de vibração pura de Mãe Oxum, mãe e protetora de todos os filhos de Umbanda e Senhora das Águas Doces. 
Pode-se também, por orientação do Chefe da Casa, ser realizado na praia, consagrando assim, os filhos a Yemojá. 
No entanto é indispensável a água da cachoeira que tem o poder de limpar, 
purificar e alimentar nosso espírito e quando jogada ou aspergida na coroa, 
chacra coronário, faz a purificação desse chacra e ativa-o promovendo uma unificação com as forças espirituais superiores além de fortalecer, equilibrar e alimentar nossa alma com vibrações puras e harmoniosas.
Há ainda o cruzamento com a pemba, ato sagrado que coloca o Ser sob a 
ação da Lei de Pemba da Umbanda, lei que sustenta e conduz nosso espírito. 
Com esse ato também se cruzam os chacras, vórtices captadores e 
irradiadores de energia, fechando-os às energias negativas e ligando-os à supremacia espiritual, ativando-os assim à entrada de energias positivas e benéficas.
A banha de ori, que é colocada no centro do chacra coronário, coroa, 
tem o poder de fazer a ligação com o Astral Superior, 
formando um canal Divino, que auxiliará o médium em qualquer momento, precisando somente, que ele eleve seus pensamentos para ter o auxilio necessário. A banha de ori é também chamada de limo da costa e é uma substância 
gordurosa, extraída da glândula supra-renal do carneiro; 
também existe a banha de ori vegetal, que é extraída do fruto de Karité, 
árvore encontrada somente na África e seus frutos guardam poderes místicos.
A vela batismal que é acessa simboliza a luz, o ‘espírito vivo’, que deve 
ser entregue ao batizando, para que se lembre da luz que o acolheu e que 
sempre o acolherá.
Na Umbanda ainda, mais que padrinhos encarnados, contamos com o 
amparo dos Guias Espirituais e/ou Orixás que se manifestam na hora da consagração adquirindo a guarda desse médium. 
Momento mágico e divino, que exprime a verdadeira realidade do amor, 
da bondade e da benevolência, superando qualquer sentimento.

SARAVÁ A TODO FILHO PEMBA! 

 
O CAMINHO DE IFÁ! 

Ifá não é conto de fadas; Ifá é caminho, é retidão, 
é entendimento acerca da vida e das coisas. 
Acreditar em falsas promessas, em mágicas mirabolantes em nome de Ifá/Orisa é sustentar ilusões e um monte de sandice. 
Ifá não é nada disso. A força que mora na natureza, antes de 
mais nada, vive dentro de cada pessoa.
Quer ficar rico? Levante cedo, trabalhe, aprende a gastar e a organizar seu dinheiro, estude, desenvolva o axé 
(a boa energia dentro de você), receba as orientações de Ifá, conheça seu destino e celebra a vida dia após dia. 
A magia vem de dentro, habita seu âmago - Ifá pode ajudar 
você a despertar o poder que existe dentro de você. 
Nenhum rito iniciático, seja em que grau for, concede à alguém poderes mirabolantes. 
Os ritos iniciáticos servem de mote, para despertar a 
magia/o poder/o axé, que vive dentro de cada pessoa. 
Vejo Pais-de-santos, Mães-de-santos, Babalorixás, Yalorixás, Babalawos e Iyanifás, vendendo uma série de sandices, de mentiras para as pessoas. 
E pessoas entrando em "canoas furadas" das mais diversas. 
Duvide quando um sacerdote, uma sacerdotisa promete coisas mirabolantes e fora do comum. 
Duvide de uma sacerdotisa e de um sacerdote cuja vida não é exemplo de nada. Como alguém pode prometer riquezas para outro alguém, se ela vida em estado de pobreza? 
Como alguém pode prometer saúde a alguém se ela vive em situação de doença? 
Como alguém pode conduzir um outro alguém, se ela anda na escuridão, sua vida é um péssimo exemplo para os outros? 
Essas incoerências devem ser olhadas, porque elas dizem 
muitas coisas. 
Ifá antes de tudo, é um CAMINHO, caminho de entendimento 
sobre si e sobre as coisas. 
Ifá é antes de tudo sabedoria para vida, para que a pessoa entenda melhor de si. 
Ifá é antes de tudo vitalidade, força e dinamismo para o viver. 
Práticas de subjugação, de carnavalização e de banalização que tem sido feita, em nome de Ifá e Orisá no Brasil (sobretudo), 
nada tem haver com Ifá e com caminho iniciático. 
Eu condeno toda e qualquer prática de opressão, 
da subjetividade humana, que seja feita em nome de Ifá e de Orisá. Eu condeno toda e qualquer relação, que coloca 
pessoas em situações de subjugação, opressão e colonização. 
Caminho de Ifá e de Orisá é caminho feito na liberdade, na evolução, no avanço de uma vida plena e cheia de dignidade. Caminho de Ifá e de Orisá, é caminho onde se produz vida, 
bem-estar, saúde e harmonia. 
Ifá é para todos e de todos sem distinção. 
Ifá é o código sagrado de Eledumaré, anunciado pelo Profeta Orunmilá, aos homens, para viverem e conhecerem a verdade 
de si e acerca das coisas. 
Ifá é Medicina para a alma, para vida e para os 
acontecimentos do viver. 
Que Ifá livre as pessoas dos maus sacerdotes e sacerdotisas. 
Que Ifá livre as pessoas da maldade humana. 
Que Ifá possibilite às pessoas, encontrarem a VERDADE.    ORUMMILA GBEE WA OO

 
 
 
 
BANHO DE DESCARREGO/DESCARGA COM 7 ERVAS! 


Esse banho de descarrego com 7 ervas sagradas, pode ser utilizado para aliviar tensões astrais, além de renovar as boas energias, promovendo limpeza espiritual.
Esse é um dos banhos de descarrego mais poderosos, que 
pode ser feito por qualquer pessoa interessada em fazer uma limpeza espiritual e renovar as boas energias astrais.
Alguns sugerem 7 ervas diferentes, dependendo da corrente religiosa, mas de um modo geral, todos concordam que as 
7 ervas utilizadas, no banho de descarrego, devem ser usadas 
do pescoço para baixo, para um banho completo.
Portanto, para um banho de descarrego completo, que fecha o corpo afastando as energias negativas utilizamos, preferencialmente, as ervas do orixá maior, Pai Oxalá.
A vassourinha, é a única erva que foge à regra e pertence a 
Oxum, mas é uma erva sagrada importante pois "varre"
as larvas astrais. Todas essas ervas podem ser usadas por qualquer pessoa sem nenhuma restrição.

INGREDIENTES: 
Utilizar, o correspondente à uma mão cheia, da erva fresca e nunca folhas secas, para medida de cada uma das ervas.
Manjericão: pertence à Oxalá 
Arruda: pertence à Oxalá
Alecrim: pertence à Oxalá
Malva-Branca: pertence à Oxalá
Malva Rosa: pertence à Oxalá
Manjerona: pertence à Oxalá
Vassourinha: pertence à Oxum

CUIDADOS DURANTE A PREPARAÇÃO DO BANHO:
Para esse banho, você não poderá cozinhar as ervas e sim macerar cada uma com a água fria. 
Lembre-se que este banho de descarrego com 7 ervas, não 
vai ao fogo!
O banho de descarrego com 7 ervas, deve ser preparado, pelo menos 1h antes de ser tomado.
Deve ser preparado em uma vasilha de louça ou metal para concentrar as energias das ervas.
Não deve se usado quando a mulher estiver menstruada e pode ser usado por gestantes.

COMO PREPARAR SEU BANHO!
Macere as ervas, uma a uma, em 2 litros de água e deixe descansar, por pelo menos 1h.
Depois retire o excesso de folhas do banho de descarrego e reserve.
Tome seu banho de higiene normalmente, inclusive lavando a cabeça. Ao final, depois de desligado o chuveiro, jogue 
lentamente sobre o pescoço, o banho de descarrego com
7 ervas, mentalizado a purificação espiritual e pedindo graças 
ao seu guia espiritual.
Não seque com toalha, deixe secar ao natural...
As ervas que sobram, devem ser descartadas em mata
ou aos pés de uma árvore. Nunca descarte no lixo!
Algumas pessoas gostam de acender uma vela, para o Anjo da Guarda, depois de tomar um banho de descarrego. 
Minha sugestão é acender uma vela branca, ao lado de um copo com água, mentalizando boas energias e limpeza espiritual.
O Banho de descarrego com 7 ervas, deve ser empregado 
com um intervalo mínimo de 15 dias, entre um banho e outro.

 
 

SIGNIFICADO DAS ERVAS PARA DEFUMAÇÃO 

COM INCENSOS OU TABLETES! 

ARRUDA: abre o caminho atraindo bons fluidos, limpando as larvas astrais dando força e liderança.

ALFAZEMA: atrativo feminino, deixa o lar mais suave, limpa, purifica e traz o entendimento.

ANIS ESTRELADO: atrativo, chama dinheiro.

COLÔNIA: atrai fluidos benéficos.

CRAVO DA ÍNDIA: atrativo e chama dinheiro; dá força á defumação.

EUCALIPTO: atrai a corrente de Oxóssi.

LEVANTE: abre os caminhos do ambiente.

LOURO: abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e
dá energia ao ambiente.

MADRESSILVA: desenvolve a intuição e a criatividade,
favorece também a prosperidade.

MANJERICÃO: chama dinheiro.

ROSA BRANCA: paz e harmonia.

SÂNDALO: atrativo do sexo oposto e também ajuda a conectar 
com a essência Divina.

PRINCIPAIS INCENSOS E DEFUMADORES E SUAS FINALIDADES!

Acácia (Mercúrio): para a saúde e sucesso nos negócios.

Alecrim (Solar): para acalmar e estimular; serve também para limpeza de ambientes.

Alfazema (Lunar): para meditação e limpeza geral; fasta as 
larvas astrais.

Almiscar (Vênus):é usado para seduzir, apaixonar…

Âmbar básico: serve para iniciar todas as atividades, materiais e espirituais.

Ananda: limpa e pacifica o ambiente.

Bálsamo: harmoniza o ambiente e acalma as pessoas, especialmente as doentes.

Benjoin (Marte): proteção e prosperidade.

Calandre: auxilia na busca do conhecimento, na concentração e traz toda ternura da sua essência.

Canela: estimula a sensualidade, o apetite e também serve 
para a prosperidade.

Capim-Cheiroso: ajuda no contato com os elementais e serve ainda para magias e bruxarias.

Chocolate: aumenta o ânimo e deixa as coisas mais agitadas (alegres).

Crepe-da-China: para seduzir, fazer viagens astrais e meditar.

Dama-da-noite: super-afrodisíaco.

Eucalipto: purifica o ar e os pulmões.

Floral: alegra e purifica o ambiente; agrada os Anjos e Guias.

Gerânio: para conservar o amor puro e ajudar na realização de bons negócios.

Jasmim: auxilia a abrir os caminhos, no contato com as Fadas 
e na elevação espiritual; sua essência espalha ternura. É um dos incensos preferidos pelos Anjos.

Lavanda: favorece os romances e o bem-estar da família.

Lótus (Sol): para meditação e oração.

Maçã-Verde: para a saúde e a harmonia com os três Reinos.

Madeira (Sol): serve para encorajar e energizar as pessoas e tornar um ambiente exótico.

Mirra: místico por excelência; usado em ocasiões especiais.

Morango: para tornar o ambiente leve; ajuda a seduzir, estimulando a sexualidade.

Olíbano: ajuda a superar o rancor, a mágoa; atrai vibrações de prosperidade e sucesso. Tem efeito benéfico nos momentos de dúvida ou de crise profissional.

Ópium: para trazer energia, harmonia, paixão.

Patchouly: serve para diversos fins (favorecer paixões, 
negócios decifrar mistérios…)

Pêssego: traz amizades, sabedoria, simpatia e desperta desejos.

Rosa-da-Índia: afasta as vibrações negativas e traz alegria.

Rosa: incenso muito místico.

Sândalo (Lunar): incenso da humildade: uito utilizado pelos 
Pretos-Velhos e por São José.

Tibetano: próprio para rituais e magias.

Verbena: é o incenso da fertilidade.

Violeta (Júpiter): transforma e purifica o ambiente; é o 
incenso da transmutação.

 
 
 
 

VC SABE O QUE É UM CONTRA-EGUM? 

"É um utilitário trançado a partir da palha da costa. 
Sua confecção se dá com o corpo limpo das impurezas da carne e com rezas de santo feitas, durante todo o tempo em que se está confeccionando o mesmo. Também existe a reza para se colocar
o contra-egum e para retirá-lo da pessoa. 
Segundo os mais antigos, ele pertence a Obaluayê e serve 
para afastar espíritos desencarnados da pessoa 
que está passando pela obrigação. 
É de grande significado, pois com suas rezas e posteriormente 
com sua imantação através de determinados banhos, 
ele não permite de forma alguma que espíritos de 
mortos, se aproximem de quem o está usando.
Devemos utilizar os contra-eguns mesmo depois de nossos 
preceitos cumpridos e, sempre que formos a algum hospital, 
cemitério, delegacias, ou mesmo visitarmos um doente crítico. 
Dentro de hospitais os utilizamos por ser esse local, um verdadeiro “paraíso” dos mortos, no cemitério dado a ser o local 
de descanso para nossos entes queridos, 
e em delegacias e presídios por serem locais 
infestados de energias negativas.
Algumas pessoas alegam que contra-egum pode ser 
utilizado nos braços, nas pernas ou na cintura, mas isso é um erro. 
O contra-egum somente é utilizado nos braços, o que se usa nas pernas tem outro nome, assim como o que se usa na cintura.
Nas pernas usamos o OPAXORÔ (que não é o de Baba Funfun), 
que também pertence a Obaluayê e nesse utiliza-se um
guizo preso, pois seu barulho espanta os eguns. 
Já na cintura, usa-se o cordão umbilical, que representa 
a ligação direta do iniciado com seu Orixá.
Sempre que tivermos utilizando contra-egum, 
estamos impossibilitados de praticarmos sexo e 
de consumirmos bebidas alcoólicas, pois que nessa fase, 
nosso Orixá está diretamente ligado a nós e como sabemos, 
coisas lhes são completamente estranhas.

SE POR VENTURA VOCÊ ESTIVER USANDO CONTRA-EGUN, 
NÃO SE ENVERGONHE: AO CONTRÁRIO, TENHA ORGULHO 
DELE, POIS PERTENCE A UMA RELIGIÃO MUITO MAIS ANTIGA 
QUE O CRISTIANISMO!"

 
 
O CASAMENTO NO CANDOMBLÉ! 


No casamento no Candomblé, em que todos vestem branco 
e só os noivos usam sapatos, a benção é dada pelos Orixás. 
O "sim" precisa vir primeiro deles, para depois 
serem ditos pelos noivos. O juramento de amor eterno é feito, 
ao comer o Fruto Sagrado na Religião e a troca de alianças, 
é coadjuvante numa cerimônia repleta de significados.
Nos preparativos para a cerimônia, quem passa os olhos procurando uma noiva, se perde entre tantas 
mulheres de branco. Todas vestem a mesma cor e trabalham 
os detalhes com lenços e acessórios coloridos, 
mas não tem erro se olhar as mãos. 
Quem vai casar entra de buquê, até mesmo no Candomblé. 
Já o noivo, deixou de lado o terno escuro 
e também vestiu branco. 
O fruto sagrado da religião, o "obi", que sela o futuro do casal. 
É diante dele que é feito compromisso de amor um ao outro. 
Dividido em quatro gomos, quando jogado, o obi precisa 
voltar todas as partes para cima, sinal de que o casamento 
é da vontade dos Orixás. 
Sob um tapete vermelho, que corta o salão e chega até o altar, passam primeiro o noivo, seguido dos padrinhos, 
para então, entrar a noiva, que é conduzida, 
até o futuro marido. 
As notas repetidas que anunciam a Marcha Nupcial, 
são substituídas pelas batidas do atabaque, que no ritmo das palmas dos padrinhos, convidados e filhos da casa, 
embalam o Ijexá, o toque de Oxum, considerado o orixá da fertilidade, maternidade e que zela pelos sentimentos.
O significado do toque é tão forte, que mesmo quem 
não conhece nada no Candomblé, sabe que a música, 
equivale à emoção de se ouvir a Marcha Nupcial. 
Os olhos se voltam para a noiva, como em toda e qualquer cerimônia, ela é entregue ao noivo no altar, 
para que as bênçãos comecem.
Um dos Sacerdotes que realiza o matrimônio é o Babalorixá da Casa. Ele começa como um sermão, 
dizendo que eles estão ali hoje, para selar a união através dos Orixás. Nosso casamento existe como em qualquer outra religião. 
O matrimônio é viver a vida juntos, saber respeitar 
as diferenças, que se somarão até que se atinja a cumplicidade. 
O amor é construído como uma casa, tijolo, acima de tijolo... 
Nas mãos, o obi, formado por quatro gomos. 
A consulta aos Orixás é feita, ao dividir os gomos 
e jogar diante dos noivos. 
É como se abrisse a margem para que, se alguém tiver algo a dizer, fale agora ou cale-se para sempre, das cerimônias tradicionais.
Alianças são coroas de Obará. 
Na religião, o enlace é demonstrado por elas, que são colocadas pelos Padrinhos de casamento.
Portanto, os únicos que podem se pronunciar, são eles. 
Se as quatro partes caírem para cima, "aláfia", 
é dito em coro... sinal de que os Orixás abençoam e 
recebem a união do casal, como algo escrito para acontecer. "Aláfia!" Está entregue, aceito e que assim seja a vida de vocês”, profetiza o Babalorixá. 
E novamente outro cântico, é puxado pelos presentes 
no batuque do atabaque.
Feita a vontade dos Orixás, é a vez dos noivos dizerem "sim", através do mesmo fruto. 
Como sinal do amor e da fidelidade, eles selam o 
compromisso de amar um ao outro, na alegria e na tristeza, 
na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, 
mastigando as sementes.
"É pela vontade de cada um de vocês, que estão aqui hoje?" pergunta o Baba. A resposta é sim e ele então, 
segue a explicar o juramento. 
"Isso requer sabedoria e honestidade. É sua jura, 
ao mastigar o obi e vale mais que milhões de contratos”.
Os noivos trocam os obis e mastigam juntos. 
Momento em que se aproximam os Padrinhos, para o enlace, simbolizado pelas Coroas de Obará, a aliança, 
convenção do mundo porta afora do terreiro; 
ali equivale às coroas. 
A dele, coberta por folhas de louro, significa o ciclo da vida 
e da prosperidade; 
já a dela, reprodução e fertilidade. 
O enlace é feito pelos Padrinhos, perante o Sacerdote e toda comunidade.
Antes do "pode beijar a noiva", eles trocam as alianças, 
ritual dos matrimônios tradicionais. 
"Eu agradeço aos Orixás por colocarem você na minha vida. Através de você, que comece nova caminhada." Estas foram as palavras de uma noiva, diante dos votos matrimoniais. 
A cerimônia se encerra com a chuva de arroz, sob os 
cânticos que desejam felicidade absoluta ao casal. 
Agora, declarados marido e mulher. 

Foto: Vinícius de Moraes, casando-se com Gesse Gessy, atriz

 
 
O QUE É O BENZIMENTO? 

Benzer significa tornar bento ou santo.
É uma prática muito antiga à muitas culturas, mas aqui 
no Brasil ganhou força, no período da colonização junto aos 
imigrantes que chegaram.
Vale lembrar que, os próprios Índios aqui já estabelecidos praticavam seus rituais de cura, dentro de um conjunto de 
orações, no seu próprio dialeto.
No quadro dos colonos, tínhamos duas classes predominantes 
no Benzimento: as parteiras e os benzedeiros.
O Benzimento se dá no conjunto de rezas, na formulação de garrafadas, seja de proteção ou de dosagem; 
existem Benzimentos para proteção de casas, crianças, 
animais de estimação, plantas, proteção do corpo e de espírito.
Para um bom Benzimento não existe hora e nem lugar, não importa o dia e nem a Lua.
Não é preciso ser médium, nem ter nenhum tipo de 
pré-requisito, além da vontade de ajudar ao próximo.
O Benzimento se aprende dentro de uma tradição, na qual 
quem sabe e foi preparado, ensina quem precisa, 
independente de crença ou religião.
Sendo assim o Benzimento é livre à qualquer pessoa que 
queira aprender.

 

O nosso bom e velho CARVÃO, utilizado para realizar limpezas espirituais, na absorção de energias, tem outras funções...#amei 


O carvão pode ser um grande aliado no dia a dia doméstico. Aprenda a usá-lo na sua casa!
Quando você escuta alguém falar sobre carvão, logo pensa no churrasquinho do fim de semana, né? 
Pois saiba que o material tem muitas outras utilidades.
Na hora de assar a carne, o tipo vegetal é o mais indicado; 
já o ativado, que serve para filtrar a água, é processado em temperaturas mais altas e com oxigênio controlado, 
o que mantém a sua porosidade e lhe confere propriedades purificadoras e desodorizantes. 
São características interessantes como essas, que fazem do 
carvão um grande aliado no dia a dia doméstico. Veja só...

1. Apague riscos na madeira escura!
O piso ficou arranhado depois que você mudou os móveis de lugar? Disfarce o estrago esfregando um pedaço de carvão vegetal sobre a marca. As partículas de carbono preenchem temporariamente o arranhão e, dessa forma, você pode adiar o reparo.

2. Elimine o excesso de cloro da água!
Caso o líquido que chega à sua casa tenha gosto e cheiro fortes do produto químico, coloque carvão ativado diretamente na caixa d'água e... dê adeus ao problema! Calcule três pedaços de tamanho médio para cada 250 litros de água e troque-os semanalmente. O tratamento sai baratinho: o quilo do carvão custa cerca de R$ 20*.

3. Recupere o composto orgânico!
Se você reservou um cantinho do jardim para fazer compostagem e notou um cheiro ruim de amônia da última vez que revolveu o composto, acrescente um pouco de carbono à mistura para revigorar os nutrientes. Salpique por cima uma generosa porção de carvão ativado moído e misture bem. Dentro de alguns dias, o cheiro terá desaparecido e a terra do composto estará pronta para ser usada novamente.

4. Desodorize a geladeira e os móveis!
O cheirinho desagradável deles é bem fácil de eliminar. Basta colocar nesses lugares um sachê com carvão ativado moído. Substitua o saquinho a cada 15 dias ou quando o aroma ruim aparecer de novo.

5. Proteja ferramentas da oxidação!
Um pedaço de carvão vegetal dentro da caixa de ferramentas vai preservá-las da ferrugem por muito mais tempo. Troque o material mensalmente.

6. Prolongue o frescor do buquê!
Vasos com flores alegram o ambiente, mas dá uma pena quando elas murcham... Se você ganhou o arranjo de uma pessoa especial, então, o desejo é que ele dure para sempre, não é mesmo? O carvão não faz milagre, mas ajuda a manter as flores viçosas e bonitas por muito mais tempo. Coloque um pedacinho do tipo ativado na água e não se esqueça de trocá-la todos os dias. Já o material não precisa ser substituído, ok?

7. Reduza o cheiro da bandeja dos gatos!
Mesmo que você limpe o banheiro dos bichanos todos os dias, é comum ficar um odor forte no ambiente. Para resolver esse inconveniente, prepare saquinhos de pano com pedaços de carvão vegetal e coloque-os ao lado da bandeja. Eles vão absorver o cheiro desagradável num piscar de olhos! Troque o material quinzenalmente.

8. Acabe com o mofo do banheiro!
Por mais que você limpe o cômodo, a umidade e o calor dos banhos diários acabam produzindo focos de bolor. Mas se deixar um recipiente com carvão ativado escondidinho atrás do vaso ou embaixo do armário, a formação de mofo será mais demorada, pois o carvão absorve muitíssimo bem a umidade.

 
 

EXISTE VIDA DEPOIS DA NOSSA MORTE ??

O RITUAL FÚNEBRE DO CANDOMBLÉCISTA É NECESSÁRIO (axêxê)?

O NOVO ZELADOR ESTÁ PREPARADO PARA TRAZER UM ORIXÁ DO ORUM (céu) ???

ESTE MESMO ZELADOR ESTÁ PREPARADO PARA RETORNAR COM ESSE ORIXÁ PARA O ORUM (céu) NO SEPULTAMENTO DO INICIADO ??? { ritual fúnebre} AXÊXÊ .

.TODAS AS NAÇÕES : KETU , ANGOLA , JEJE , EFON , ETC... TEM RITUAL FÚNEBRE .

.OBS: A UMBANDA NÃO TEM RITUAL FÚNEBRE ; OS SEUS DIRIGENTES MANDAM REZAR MISSA DE SÉTIMO DIA .

.VAMOS LER ???

.Os nove céus são:

Orun Alàáfià. Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.

Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções.

Orun Bàbá Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.

Orun Aféfé. Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.

Orun Ìsòlú ou Àsàlú. Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.

Orun Àpáàdì. Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparados.

Orun Rere. Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.

Orun Burúkú. Espaço ruim, ibonan "quente como pimenta", reservado para as pessoas más.

Orun Mare. Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, olorun e todos os orixás e divinizados .

 

Será que todos sabem o que realmente é um acaçá?

Façamos então uma classificação dos elementos que compõem o acaçá para chegarmos à derradeira conclusão. Primeiramente, é preciso esclarecer que a pasta branca à base de farinha de milho (que fica alguns dias de molho e depois passada pelo pilão ou moinho) chama-se na verdade eco (èko). Depois de coxear, uma porção da pasta ainda quente, é envolvida em um pedaço de folha de bananeira para enrijecer (na África é utilizada outra folha, chamada èpàpo), tornando-se, agora sim, um acaçá. (Hoje em dia nós temos a facilidade de encontrar o milho vermelho moído que

Percebe-se a fundamental importância da folha de bananeira, uma vez que o eco só passa a ser acaçá quando envolvido em uma folha verde que lhe atribui existência individualizada, pois passa a ser uma porção desprendida da massa, assim como e emi, que dá vida aos seres, é, na verdade, uma parte da atmosfera, ou do próprio Olorum, que todos ser leva dentro de si, o sopro da vida, o ar que respiramos.

ezes que se afasta do poder divino, representada, nesse caso, pelo poderoso Orun, a morada de todas as divindades, e pelo supremo, senhor do Destino dos Homens. Olodumaré, também conhecido como Olorum (Zambi).

é o fubá vermelho e o milho branco que é o fubá branco, mais existem sacerdotes que ainda utilizam o ritual de antigamente).

Portanto, o acaçá é um corpo, o símbolo de um ser. A única oferenda que restituí a redistribui o axé.

É importante insistir que o que faz do acaçá um corpo único, eminente representação de um ser, é a folha, seu poderoso invólucro verde, que lhe confere individualidade e força vital diante do poderoso orun, os orixás e do grande Deus Oludumaré.

Somente a água é tão importante quanto o acaçá, pois não existem substitutos para nenhum dos dois, que são, a exemplo do obi, elementos indispensáveis em qualquer ritual. Ambos configuram-se como símbolo da vida, e é justamente para afastar a morte do caminho das pessoas, para que o sacrifício não seja o homem, que são oferecidos.

O acaçá remete ao maior significado que a vida pode ter: a própria vida. E por ser o grande elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da vida, tornou-se a comida e predileção de todos os orixás.

Fato é que quem não faz um bom acaçá não é um bom conhecedor do candomblé, pois as regras e diretrizes da religião nunca foram ditadas pela intuição. “Constituem grandes fundamentos cristalizados” ao longo de anos e anos de tradição. Aos incautos vale afirmar que candomblé não é intuição, mas fundamento sim, e fundamentos se aprende.

Fundamento é o segredo compartilhado, o detalhe que faz a diferença e a prova de que ninguém pode enganar o orixá.O acaçá deve permanecer fechado, imaculado até o momento de ser entregue ao orixá. Só então é retirado da folha. É como se o sagrado tivesse de ficar oculto até a hora da oferenda, prova de que o segredo é quase sempre um elemento consagrado. E o segredo do acaçá é enrolar na folha de bananeira, é o que mantém um terreiro de candomblé de pé. Não existe acaçá que não seja enrolado na folha de bananeira..

Entretanto, a imprudência vigora em muitos terreiros e não raras vezes se ouve falar de novas iguarias apresentadas como acaçá. Os mais comuns são os acaçá de pia e de forma. No primeiro caso a massa de ecó, mais grossa, é colocada às colheradas sobre o mármore das pias, onde os bolinhos esfriam antes de serem utilizados nos ritos. Na segunda receita a massa é espalhada em uma forma e posteriormente cortada em quadradinhos. Este é um procedimento incorreto e condenável, e as pessoas que agem assim então fadadas ao insucesso e não podem ser consideradas pessoas de axé.

Não há candomblé sem acaçá, nem acaçá sem folha. A religião dos orixás não admite modificações na essência , e esta comida é essencial, portanto, inviolável. Primeiro vem o acaçá antes dele só a vida. Logo, a folha de bananeira guarda uma vida. Deixar a massa do acaçá exposto é o mesmo que deixar a vida vulnerável. Eis o grande fundamento.


Aos incautos vale afirmar que candomblé não é intuição, mas, fundamento sim, e fundamento se aprende.

Fundamento é o segredo compartilhado, o mistério sagrado, o detalhe que faz a duferença e a prova de que ninguém pode enganar o Orixá. 

Aqui o grande fundamento é que o sangue dos animais jamais pode jorrar sobre os ibás sem a presença do elemento pacificador, pois, o acaçá simboliza a paz. 

Quando ofertado e retirado do seu invólucro verde, tornando-se a comida de Oxalá que agrada a todos os orixás, a primeira oferenda que deve ser colocada diretamente no assentamento, juntamente com o obi e a água, antes de qualquer sacrifício.

O acaçá deve permanecer fechado,imaculado até o momento de ser entregue ao Orixá, só então é retirado da folha. É como se o sagrado tivesse que ficar oculto até a hora da oferenda, prova de que o segredo é quase sempre um elemento consagrado.
axé a todos

 
 

Crie um site grátis Webnode